segunda-feira, 13 de junho de 2011

Poema doce

Me sinto exilado
pelo teu cheiro
nessa noite canforada de prazeres
e madeira do oriente,
procuro em teu corpo
as sementes que plantaste 
tal odor de felicidade extrema,
e encontro ali no meio 
das cerejas encharcadas
do suco doce
de primavera,
misturando-as ao meu
licor fino de pequi,
as vezes sedento te acordo
durante a insonia
poetica que eu vivo,
outras sou beijado
pela boca de uva da Pérsia,
dá-me sua vontade
de tomar minha pele
como agasalho
que cobrirei o seu destino
com delirios
quentes e açucarados para sempre...

Paulo Alvarenga


Nenhum comentário:

Postar um comentário