Culpa
Jurei estar contigo eu sei
e da tua boca apenas sentir o gosto,
mas de outras videiras
me foram oferecidas a seiva,
no mês de agosto
e mesmo sabendo que te perderia
sucumbi ao beijo
amargo,
me curvei diante do abismo
e vi flores,
busquei ao som do violino
e cantou-me a voz
da escuridão,
apenas por ter sido eu
o dono da razão,
hoje vivo com a máscara da vergonha
e de dores quero morrer,
se pelo menos por um instante sequer,
os seus olhos eu não ver...
Paulo Alvarenga
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