domingo, 30 de janeiro de 2011

Poemas





Fogo em paraty

Ainda consigo
ver seus passos,
que dobram a esquina
em frente a velha cachaçaria
seu rebolar malemolente,
na saia justa e indecente
que tanto adoro,
quase que choro
quanto seu perfume vai se afastando
e começa a perfumar outros lugares,
beijo e me agarro nos colares
que deixaste aqui,
vou despedindo daquele beijo,
olho a cama desarrumada,
e meu corpo ainda quente,
como um prato de pequi,
jura te ver ainda
essa semana,
com a saia justa se abrindo
na minha cama,
e nosso coito emaranhado,
vai ateando fogo no que é gelado,
perfumando Paraty.

Paulo Alvarenga

Castanholas do amor


Se queres ver-me
novamente,
tome um trago de vinho tinto,
vista aquela saia vermelha,
e ascenda um cigarro preto,
se dispa da tua vergonha,
e venha me buscar sem culpa,
vou estar aqui fremente,
de frente pro arpoador,
lembrando do nosso amor
tão bonito,
nu em pelo como tu gostas,
apenas com a corrente de prata
que me deste,
estou também tomando aquele vinho,
e alisando a superficie do meu corpo,
nas lembranças,
onde dançavas aquelas danças,
espanholas,
venha me buscar,
cigana pra tua cama,
minha dama de cheiro de flor,
fazer amor comigo
tocando castanholas...

Paulo Alvarenga

Amor rosa

em uma curva fechada fui surpreendido com teu perfume de água fresca, um lago de delicias me veio á cabeça, serei eu mesmo o coiote em frente á lua? seria merecedor da tua pele nua ? e o perfume foi entrando no meu corpo, deixando marcas, e suaves saudades, daquele dia de verão, daquela paixão na curva, um cheiro de amor rosa...
Paulo Alvarenga

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