quarta-feira, 10 de agosto de 2011

como se fosse primavera


Como se fosse primavera

Como se eu tivesse entrado na canção
à luz dessa fogueira à espera
e cantado meu amor em monossilabas
de primavera,

como se tudo fosse um emaranhado
de erros,
eu esperava acordar
sem destroços,

mas ali bem na minha frente, cru e áspero
como o grito a escuridão
invernava meu pranto ainda mais,
pois nem as flores quiseram nascer,
e meu canto já seco, sem lirismo algum,
deu seu ultimo acorde à ilusão...

Paulo Alvarenga

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