segunda-feira, 9 de maio de 2011

Amor nativo

AMOR NATIVO


TINHA TAMBORES,
E TAMBÉM AMORES TINHA,
E NUMA FESTA DE CABANA
EM MEIO A MATA,
REFUGIOU-SE EM PLATÔ,
VIU-SE A CENA, 
AMANTES  NÚS,
COMO NA TELA DO CINEMA,
ELA COM COR DE CHÃO DE TERRA,
E ELE COMO UM GRANDE GAVIÃO,
A LUA QUE ACORDADA ASSISTIA,
RUBRA DE VERGONHA,
AMARELOU-SE ANTES 
DO ROMPER DA AURORA,
E OS CORPOS PELO CHÃO,
DESENHOU-SE A TELA
DO AMAZONAS,
ONDE MORA.

PAULO ALVARENGA


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