terça-feira, 1 de junho de 2010

Cidade dos malditos

E te encontro outra vez, em plena São Paulo dos malditos,
naquele exaustivo breu, onde é cortado pelas buzinas,
monóxido de carbono, um vai e vém na contramão,
homens correndo atras de homens, e mulheres jorrando
suas ultimas gotas de seus perfumes a custa de um pedaço de pão,
desço correndo as galerias do metrô, e você finge não me querer,
mas eu quero você, meu corpo pulsa, por aquele quadril colado no vestido azul
turqueza, quero você dama, vagabunda ou princesa, mas quero você mais uma vez,
preenchendo essa lacuna maldita, que sinto no meio dessa cidade incandescente,
cheia de gente bonita, e perdida numa poça, de gente desdentadas pelo crack, quero
ter seu corpo aqui na cinzenta cidade das tribos , quero ter você na minha Paris desgovernada,
ou talvez no meu Iraque corruido,eu quero ter você e mais nada, não quero ter perdido!

Paulo Alvarenga

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