A mulher que eu vejo
Vejo nessa mulher,
uma coisa boa que ninguém mais viu,
vejo sua resposta vindo do olhar,
seu pedido no toque leve da mão,
vejo o seu bailar em cima do macho,
e embaixo do cobertor, um gemido doce,
consigo até enxergar as delicias que ela usa,
sustenidos breves, sorrindo pra mim,
rainha do jardim do Éden, o paraíso,
e quando tira a blusa,
sempre à espera de um Adão sereno,
ao mesmo tempo teimoso,
um que saiba mexer gostoso,
e tratá-la como gente,
vejo seus raios de sol acordar na manhã,
à espera de um beijo,
essa mulher que eu vejo,
usa batom vermelho.
e vive contente.
Paulo Alvarenga